A tarde expira, serena...
Adormece em minha mão
a pena suave, a pena
com que, na tarde serena,
vou compondo esta canção.
Um casinholo da vila,
na sombra do entardecer,
iluminado cintila.
O movimento da vila
começa agora a morrer.
Vem de longe, dos carreiros,
a mágoa sentimental
da canção dos boiadeiros.
Que doçura nos carreiros,
ocultos no matagal!
Ribeiro Couto
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