Tela de Berthe Morisot
SOU SAUDADE
(Genaura Tormin)
Sou a brisa sorrateira
Que te beija as faces,
Sou a chuva no telhado,
Solfejando uma cantiga
Para te acalentar.
Sou a paz,
Sou o silêncio
Numa noite de lua cheia.
Mas sou a lágrima abafada
Na emoção que escapa.
Transmudo-me em versos,
Visto-os de palavras.
Galopo em liberdade.
Eu sou a própria SAUDADE!!!
Seja bem-vindo. Hoje é
março 22, 2009
REDE NEURAL
REDE NEURAL
(Genaura Tormin)
Há mutações,
Autoconhecimento,
Na esquina do tempo.
Na visão de nós mesmos,
Há um mar de sinapses,
Em bites imersos,
Sensorialmente conectados.
A mente em sintonia
Cria o Universo.
Não há dogmas!
Num conceito de Unidade
O pensamento é tudo,
Absoluto.
É ensaio mental,
Força propulsora
No lóbulo frontal,
Altaneiro e soberano
Na rede neural
Do Ser Humano.
MAROLA, VELEIRO E VENTO
MAROLA, VELEIRO E VENTO
(Genaura Tormin)
Céu azul,
Mar revolto,
Alcatifa dos sonhos meus!
Viajo no galope da saudade.
Volto no tempo!
Cheiro de maresia,
Marolas, veleiros...
Vento cantarolando
Na copa dos coqueiros...
O verde da esperança,
E eu, feito criança,
Correndo pela branca areia,
Às carícias das brumas fugidias,
E ao som da ventania.
Ah, eu era só alegria!
As ondas quedavam-se
Ante os pés andejos, dançarinos.
Em coro,
Pássaros entoavam hinos,
Em coloridos gorjeios.
O céu bordado de nuvens viajeiras.
Uma tela de rara beleza,
Numa manhã fagueira.
Hoje,
Desnudo de adereços,
O vento ainda canta para mim.
Parece que ouço o rumorejo,
Daquele vento gostoso,
Que me bordava de beijos.
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