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março 19, 2009
RECONSTRUÇÃO
RECONSTRUÇÃO
(Genaura Tormin)
Desmorona o castelo,
Esfacela-se a vida!
O querer arqueja no tempo.
Há um gosto de morte no ar.
Dos escombros
Emerge um coração,
Reconstrói a obra,
Dá formas,
Essência
E vida.
Os olhos brilham,
O peito pulsa,
E a fêmea aparece,
Rebelde,
Ouriçada,
No cio,
Conquistada.
De novo,
O amor se vai,
A mágoa fica,
A vida passa.
Reconstruir
É a profissão,
Ainda que o castelo
Não tenha teto.
NOVOS CICLOS
NOVOS CICLOS
(Genaura Tormin)
Etapa finda!
Passou!
Porta fechada.
Ciclo encerrado.
Esqueça!
A ordem é seguir adiante,
Não chorar o leite derramado.
Sofrer pra quê?
Deixe que o novo aconteça!
Abra espaço,
Prepare a mente!
Seja contente!
Cresça e apareça
Firme e forte!
Outra empreitada.
A vida é um jogo!
Não se ganha sempre.
A perda enrigece
A couraça da coragem,
E o sofrimento
Fortalece o equilíbrio
Para outros afazeres,
Outros amores,
Novos ciclos,
Vida nova!
VULTO DE MULHER
VULTO DE MULHER
(Genaura Tormin)
Em tudo que fiz
Deixei um pouco de mim:
Um sorriso,
Um gesto,
Um olhar...
Não fiz muito,
Eu sei.
Mas,
Os poucos fragmentos
Ecoarão no ar,
Cantando a saudade
E o meu jeito de amar.
Por isso,
Serei tão simples
E partirei tão sutil,
Tão sozinha,
Que no silêncio,
Serei,
Apenas,
Um vulto de mulher.
DESINTEGRAÇÃO
MENSAGEM
O Mar e a Rocha
O mar se entrega à rocha sem receios
e a cobre com espuma virginal.
E lhe acarinha todos os permeios,
e a ama, como nunca amou igual.
Lhe conta dos seus mais sutis anseios,
lhe fala desse amor, já outonal...
E a cerca com seus mil e um meneios...
E lhe oferece todo o seu caudal.
Porém, sempre centrada em sua essência,
ela não se permite a experiência
de se entregar aos braços desse amor.
E perde um oceano de venturas,
e mais e mais conhece as amarguras,
de quem jamais permite su'alma expor!
- Patrícia Neme -
ARQUITETA DE MIM
ARQUITETA DE MIM
(Genaura Tormin)
Vou reinventar a vida!
Fazer consertos,
aplicar remendos.
Prenha estou de disfarces
e esgueiram-me pelos poros
a plangência do tempo,
restos de batalhas
que se reiniciam sempre.
A incoerência dos retalhos
fragmentam-se pelos dias.
Recolho os estilhaços.
Sou enigma,
sou incógnita no existir!
Fabrico fantasias
e metáforas.
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