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outubro 21, 2010

BÁLSAMO

BÁLSAMO Seus olhos seus imensos oceanos E neles quero sempre navegar Já venho traçando tantos planos Pois sei que o amor é como o mar Um mar das maiores incertezas Um mar das melhores ilusões Lídima pérola entre as riquezas Bálsamo aquecido nos vulcões Seus olhos são céus em polvorosa E neles como pássaro voarei Buscando sonhar em verso e prosa Pois sei que o amor é como um rei Um rei que nunca perde o trono Um rei que domina sem cessar Indelével bálsamo sem dono Enigma flutuando sobre o mar E sempre que paro um pouco e penso Em um motivo pra todo dia acordar Só vejo o amor num céu imenso Ainda que eu não saiba onde ele está Pois mergulhando nos seus olhos perco o senso Como se alma, enfim, vagasse em seu luar E se o amor for mesmo mar de azul intenso Não me socorra, por favor, deixe-me afogar. Juliana Valis