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março 05, 2009

Comentário


O poeta é um artesão de versos.
Encampa o "eu lírico" em todas as situações.
Canta o amor, a dor,
a vida e a morte...

O importante é cantar, jogar a lira,
transar bem no jogo das palavras,
embrulhadas nos sentimentos,
molhados, muitas vezes,
pela dor, pelo desalento.

Genaura Tormin
(Comentário no Recanto das Letras)

PÂNICO


É pela noite que me chegas,
com a face da morte me enfrentas
e me arremessas num inferno,
num porão sem fim...

colocas-me a vida em cheque,
e me emudeces...
sem chance... louca e sem vida,
nem me deixas aniquilar a consciência!

Uma brincadeira cruel do meu destino,
morrer mil vezes em tuas mãos!
Não há para onde fugir... não há saida...

de que me valem mil horas de alegrias
se passo um só minuto contigo?
ou, que me adiantaria viver mil anos
se tivesse que ver tua morte uma única vez?

De que mundo vens, quem te criou?...
tu, que tens o poder de me deixar em pânico
e me levar à lividez das faces
ante à própria sensação de EXISTIR?!!!

Regina Helena