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março 11, 2021

SONETO LLOVIENDO




Soneto lloviendo

No hace falta que llueva como llueve este día,
y, sin embargo, llueve desde el amanecer.
Si hay rosas y retoños, ¿para qué llovería?
Si ya todo florece, ¿qué más va a florecer?
 
Llueve obstinadamente y en la calle vacía
las gotas de la lluvia son pasos de mujer.
Pero cierro los ojos y llueve todavía,
y al abrirlos de nuevo no deja de llover.
 
Yo sé que no hace falta que llueva, pero llueve.
Y recuerdo una tarde maravillosa y breve,
que fue maravillosa porque llovía así...
 
Y es tan triste, tan triste, la lluvia en mi ventana,
que casi me pregunto, dulce amiga lejana,
si no estará lloviendo para que piense en ti.

de José Ángel Buesa


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BUSCA


BUSCA
(reginahelena)

Na rua escura caminho, enquanto a chuva cai
formando com as minhas lágrimas
uma densa cortina que não me separa
da dor de te buscar

Em meio ao som da chuva
ouço o meu coração
batendo na cadência dos meus passos,
arrastando a água...

tudo é inútil, eu sei
e vejo agonizar em mim a esperança.

...e então, mergulho de vez na embriaguez
da mística loucura da saudade.


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SONETO ONÍRICO




VAI CHOVER

Vai chover, e eu vou estar mais triste.
  Chuva é distância: esfuma, apaga, esconde. 
Doerei por não saber por não saber se ainda existe
o verde luar e sonha um quando e um onde.

(É talvez mais mortal haver sorrido
sombras que os o,lhos já terão perdido...)
que ter chorado: talvez guarde a boca
Sinto distância em mim. A vida é oca,

e dentro dela chovo, transbordando,
minha cinza, meu longe, estes em que ando
restos de sons e faces de arrebol;

e vejo entre submissa névoa e vento
reabrir-se em curva de ouro o pensamento
das horas que moraram no teu sol.

Abgar Renault
Obra Poética – l.990 –


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MENINA DE AZUL



MENINA DE AZUL

Em todos os relógios
da cidade, os ponteiros
marcam a hora
inesperada da inocência.
Tudo parece perfeito,
Excepto o meu rosto
de menina, asfixiado
na moldura do tempo.

Graça Pires
De Fui quase todas as mulheres de Modigliani



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