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julho 26, 2010

PINGOS de DOR…


PINGOS de DOR…

Oculto-me à luz da Lua, companheira habitual
das viagens, em sonhos nocturnos.
Dias inquietos, forçam-me a procurar tranquilidade.

Sofro de SAUDADE dos dias que se ausentam
imperceptivelmente…

Os meus momentos, tão reais! -são ilusórios
como o pôr – do – SOL, que não houve…

Acaricio minh’alma com pingos de dor caídos pela face,
ao som do choro das negras nuvens, que desabam!

São momentos de inquietantes intermitências
esses pingos de dor , sentidos e sensíveis,
vigorosos, atentos ao quebrar de laços poderosos…

Quem me rodeia, não me vê, no seu viver…
não medita… não sente o cheiro do medo oculto, dos ciprestes.

Loucos!
Tudo é TUDO----tão pouco…
…tão pouco, que se torna NADA!
…NADA, é pó!
PÓ que se perde ao sabor dos VENTOS
SEMPRE ATENTOS…
perdidos nas almas, sem DÓ!

Maria Ribeiro

julho 18, 2010

Meu Poema



Meu Poema

No meu poema...há o silêncio da noite...a escuridão
Há saudade...há lembranças...minha amargura
Instante eterno...intensa dor...negra solidão
Meu poema é rima triste...noite escura

Meu poema...escrito a sangue...abismo fundo
Na tua presença...há uma ausência sem fim
Há um frio que sufoca...um grito profundo
Há um latejar...um corpo perdido...de mim

Bebo o veneno da tristeza...em copo de esquecimento
Perdida no meu poema...uma lágrima de amor
Esperando na noite...o cálice do sofrimento
Caminhando na treva...vagando na minha dor

O meu rosto sombrio...traz em mim o anoitecer
No meu peito cheio de mágoa...chora a solidão
Perdido na memória...ficou o meu querer
Na rima dum poema...escrevo a desilusão

Há na minha voz um lamento...um grito de dor
Um choro de saudade...vaga amargura
No meu poema...a sombra de um amor
No meu peito...um sonho...noite escura

Sempre esta solidão...esta sombra...este vazio
Sempre este silêncio...desenhando meu poema
Sempre esta tristeza...as lágrimas...este frio
Sempre a noite...sempre esta dor que me queima

RosaSolidão

julho 09, 2010

Amar é preciso!



Amar é preciso!

Coração grande fonte onde busco o prazer da vida.
Cambaleando e quase sem forças com um gosto
amargo na garganta, tudo dissolve quando me
embriago neste doce vinho tão puro, tão púrpura,
tão quente e brilhante a medida para o amor.

Vigor de brilho intenso faz a alma passear
no céu das emoções maravilhosas do prazer
para o além dos olhos brilhantes de noites
enluaradas em que me dizes em meio aos teus
carinhos que me amas enquanto beijo os teus seios.

Nelson Aharon

Conforte-me

Conforte-me,
Preciso do seu conforto.
Meu olhar, tão distante,
Meu pensamento, quase morto.

Não chore junto comigo,
Dê-me a paz que traz consigo.
Faça sentir-me um homem-criança,
Não devo perder a esperança.

Faça isso por mim,
Sinto-me perdido
Num vazio sem fim.

Seja minha amiga,
Minha amada, minha amante.
Conforte-me,
Ao menos por um instante.

Paulo Odair.
In 'Poesia sua vez' (2008)

julho 07, 2010

Lábios!



Teus lábios inspiram
um doce efeito de felicidade
inesperada, tocando levemente
os sentidos eróticos.

Devaneios entre canções e poemas
compartilhados por amantes virtuosos.
Florescimento.
Chamas.
Por fim o amor coroado de louros
pelos deuses.

Teus lábios passaram por mim
pelo movimento da rua como
amores perdidos somem
pela distância dos momentos
eternizados.

Nelson Aharon

julho 06, 2010

Surpreenda-me

Surpreenda-me,
juntando pedaços de vidas
deixados no caminho que percorri,
desalinhados como um quebra cabeça
que nunca formei

Traga sua imagem nas asas do tempo
cortando céus entre luzes prateadas
e sons difusos

Desperta-me desse sono letárgico,
dá-me o tempo que não me dei
diz qual parte eu perdi
se tanta coisa esqueci,
guardo o que errei
o certo, desaprendi.


Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 06/07/10
Código do Texto: T2360970