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março 16, 2013

ANTONIO CARLOS F.DE BRITO



Ah se pelo menos o pensamento não sangrasse!
Ah se pelo menos o coração não tivesse 
memória!
Como seria menos linda e mais suave
minha história!

Antonio Carlos F. de Brito 

LENÇOS DE SAUDADE



As praias onde vive e dorme e sonha o mar!
Praias de minha terra, ela são uns regaços
Aos quais a gente atira, ansiosamente, os braços,
Com desejos febris de neles descansar ...

É brio do esplendor que se derrama no ar,
Nesses longes sem fim, nos profundos espaços,
E vem como um amparo a todos os cansaços,
Eu junto às praias, sinto a alma sempre a cantar.

Pelas praias vivi e delas ainda guardo
muitas recordações de amores em que ardo,
Quando as cobre da tarde o áureo fulgor do manto ...

Ah! numa tarde assim, eu te abracei, amada!
À hora do ocaso, à hora suave, à hora calada,
Com lenços de saudade alagados de pranto.

Araújo Figueredo
in Poesias