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março 09, 2009
DESEJO
E quando os olhos teus beijam meu corpo,
trazendo, à minha noite, a luz d´aurora,
e as tuas mãos percorrem meus segredos...
Todo um desejo ardente em mim aflora.
E quando teu respiro me entontece,
e o teu gemido por entrega implora,
teu cheiro, forte, macho, me abre os poros,
endoidecida, rogo: Vem, agora!...
Todo universo dorme em alva cama,
onde o sentir se faz perene e clama
pelo arquejar das forças animais.
Um gozo, tanto, explode em liberdade,
nos faz trilhar o chão da eternidade...
E, num rugir supremo, eu peço “Mais!”
- Patrícia Neme -
A VALSA
A VALSA
Ele veio silente, o luar a trazê-lo,
um sorriso fagueiro reinando no olhar.
“Uma valsa? “, propôs. Aceitei seu apelo...
- Todo baile eu ousara tal gesto esperar.
Abraçou-me a cintura, com terno desvelo,
tal se eu fora cristal do mais fino vibrar.
Em meu peito a ventura de, enfim, conhecê-lo,
me fez leve qual brisa soprada do mar.
Ante o chão carpetado com gotas de orvalho,
o céu pleno de estrelas, num rútilo pálio...
conivente, o destino, o relógio parou.
Entre beijos, promessas... Ditosa loucura!,
todo o amor que eu vivi, desde sempre, à procura,
na magia dos sonhos comigo bailou!
- Patrícia Neme -
FILHO MEU
FILHO MEU
(Genaura Tormin)
Qual semente em terreno fértil,
Foste plantado,
Num ato de amor sublimado.
Carreguei-te no ventre por muitas luas,
Muitas manhãs de mistérios...
Amei-te com todas as forças do meu coração.
Éramos unos, cúmplices.
Dei-te a minha vida!
Alimentei-te com a seiva do meu ser,
Do meu carinho,
E agradeci ao Criador de Vidas.
Era eu a mais feliz das mulheres!
No final de um domingo de março,
Vieste ao mundo em meus braços.
Pude ver teus olhos brilhantes!
Uma vida em minhas mãos!
Esculpi na alma a história de nós dois,
E hoje a decanto em versos,
Rimas de felicidade,
Por sermos mãe e filho
Nesse mistério da eternidade.
O tempo passou veloz,
Tornando-te um homem.
Os anos desnudaram-te os muitos valores!
Quanta dignidade!
E agora, qual ave de arribação,
Com o teu próprio vôo cruzas o espaço!
Demarcas o território
Para carpir sonhos e plantar amores.
Estás mais longe, além do horizonte.
Nos rigores do tempo, no frio das madrugadas,
Talvez não possa secar-te as feridas,
Aconchegar-te no calor das minhas asas,
Ou as alegrias contigo festejar.
Mas vives no meu coração, no meu pensamento,
E em todos os momentos,
Entrego-te a Deus, FILHO MEU!
ESTRELA-GUIA
ESTRELA-GUIA
(Genaura Tormin)
Minha mãe!!!
Como sinto a tua falta!
Há muito não habitas na terra,
Embora tua imagem etérea
Viva no meu coração.
A gente nunca pensa que as mães podem partir,
Mudar-se para outra dimensão.
Hoje também sou mãe.
Sei como dói um filho ausente.
Teus olhos azuis, o sorriso grande,
Tento encontrar por onde ando.
É dolorido confirmar a todo instante,
Que não estás aqui.
Perdoa-me pelas ausências,
Pelas vezes tantas que te magoei,
Pelos sonhos que de ti roubei...
Eras e ainda és a minha estrela-guia!
“SEGUE, FILHA, QUE MUNDO É TEU!”
Como a dizer que o destino a gente cria,
Fazendo-me seguir com alegria.
É acalento a possibilidade
De ir ao teu encontro qualquer dia.
Os anos avançam,
E mesmo de cabelos brancos
Sinto-me criança.
Resta-me a esperança
De ainda poder deitar-me em teu regaço,
Esconder-me nos teus braços,
E deixar rolar o pranto.
(Genaura Tormin)
Minha mãe!!!
Como sinto a tua falta!
Há muito não habitas na terra,
Embora tua imagem etérea
Viva no meu coração.
A gente nunca pensa que as mães podem partir,
Mudar-se para outra dimensão.
Hoje também sou mãe.
Sei como dói um filho ausente.
Teus olhos azuis, o sorriso grande,
Tento encontrar por onde ando.
É dolorido confirmar a todo instante,
Que não estás aqui.
Perdoa-me pelas ausências,
Pelas vezes tantas que te magoei,
Pelos sonhos que de ti roubei...
Eras e ainda és a minha estrela-guia!
“SEGUE, FILHA, QUE MUNDO É TEU!”
Como a dizer que o destino a gente cria,
Fazendo-me seguir com alegria.
É acalento a possibilidade
De ir ao teu encontro qualquer dia.
Os anos avançam,
E mesmo de cabelos brancos
Sinto-me criança.
Resta-me a esperança
De ainda poder deitar-me em teu regaço,
Esconder-me nos teus braços,
E deixar rolar o pranto.
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