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março 09, 2009
FILHO MEU
FILHO MEU
(Genaura Tormin)
Qual semente em terreno fértil,
Foste plantado,
Num ato de amor sublimado.
Carreguei-te no ventre por muitas luas,
Muitas manhãs de mistérios...
Amei-te com todas as forças do meu coração.
Éramos unos, cúmplices.
Dei-te a minha vida!
Alimentei-te com a seiva do meu ser,
Do meu carinho,
E agradeci ao Criador de Vidas.
Era eu a mais feliz das mulheres!
No final de um domingo de março,
Vieste ao mundo em meus braços.
Pude ver teus olhos brilhantes!
Uma vida em minhas mãos!
Esculpi na alma a história de nós dois,
E hoje a decanto em versos,
Rimas de felicidade,
Por sermos mãe e filho
Nesse mistério da eternidade.
O tempo passou veloz,
Tornando-te um homem.
Os anos desnudaram-te os muitos valores!
Quanta dignidade!
E agora, qual ave de arribação,
Com o teu próprio vôo cruzas o espaço!
Demarcas o território
Para carpir sonhos e plantar amores.
Estás mais longe, além do horizonte.
Nos rigores do tempo, no frio das madrugadas,
Talvez não possa secar-te as feridas,
Aconchegar-te no calor das minhas asas,
Ou as alegrias contigo festejar.
Mas vives no meu coração, no meu pensamento,
E em todos os momentos,
Entrego-te a Deus, FILHO MEU!
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