A chuva é baixa,
diminui o mundo dos homens.
O guarda-chuva toca o teto
do meu quase-amor, e oculta.
Dentro das águas
um peixe idêntico e sem cor vacila
entre a fácil maré e aquela sala
em que pulsa o néon domesticado.
Molhar os pés
enquanto os olhos inflam
e sobem à superfície.
A chuva passa.
Fecho o guarda-chuva atrás da porta.
No céu refeito, a vida continua horizontal.
Alcies Villaça
In: Viagem de Trem
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