Do céu cinzento, chega a chuva fina...
Vem mansamente, quase em desalento.
E chove, chove... Nunca que termina...
É chuva d’água... Ou chove sofrimento?
A terra dorme sob a gris neblina,
o tempo para, já não canta o vento...
Nem leve sol, a vida descortina...
É chuva d’água, ou chuva de lamento?
E vão-se o dia, noite, madrugada...
E sempre a chuva, tão desalentada...
Minh’alma indaga às nuvens: até quando?
Até que exista paz, amor, verdade,
e todo humano viva a boa-vontade...
Não vês? Não chove... Deus está chorando!
- Patrícia Neme -
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