Cheiro de chuva, o vento canta... O céu se esconde...
Janelas guardam seu sorriso... A rua cala.
Portões fechados, raio irado... E não sei onde,
mansa viola, de saudade, à alma fala.
Ruge o trovão... Quem chamará? Ninguém responde...
Lágrimas, tantas... Na vidraça lá da sala.
Folhas correndo, a brincar de esconde-esconde...
Estranha tarde, que a viola, terna, embala.
Agora há pouco havia sonhos de verão...
Quem transformou-os nessa plúmbea solidão...
Por qual desdita retirou-se o sol de mim?
Ninguém o fez, responde a voz da consciência.
Ele partiu... E não suportas sua ausência...
E de tristeza, vês o mundo escuro, assim!
- Patrícia Neme -
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grata pela visita. Volte sempre!