Saudade
Fixada no olhar enevoado
Pelo pranto que corre com leveza
Sobre um rosto tristonho, amargurado.
Saudade é o riso pálido... É a tristeza
Que agita o peito, o coração magoado...
A despedida... O adeus e a incerteza
De ver em breve aquele ente amado.
Ver na rua a neblina, deslizando
Na bicicleta um vulto desfilando
Lembrando o neto que está distante.
E sentir logo os olhos rasos d’água,
Sentir no peito uma profunda mágoa
Nesta lembrança perenal, constante.
Bernardina Vilar
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