Funerais
Silenciosa a tarde se estremece
Nos estertores de uma dor imensa!
Só murmúrios no ar. Quanto padece
Na agonia mortal, cruel, intensa.
Nem um raio de sol à terra desce!
E os sinos evocam a voz da crença;
Nuvens ajoelhadas fazem prece
Na mais sutil e doce indiferença.
As flores tristemente estão chorando!
E pelo espaço infindo e desolado
Enorme véu de sombras vem descendo.
E do regato as águas vão rolando
Num gemido de dor, angustiado
Tudo porque o dia está morrendo.
Bernardina Vilar
In ‘Bom dia, Saudade!’ (1995)
Nos estertores de uma dor imensa!
Só murmúrios no ar. Quanto padece
Na agonia mortal, cruel, intensa.
Nem um raio de sol à terra desce!
E os sinos evocam a voz da crença;
Nuvens ajoelhadas fazem prece
Na mais sutil e doce indiferença.
As flores tristemente estão chorando!
E pelo espaço infindo e desolado
Enorme véu de sombras vem descendo.
E do regato as águas vão rolando
Num gemido de dor, angustiado
Tudo porque o dia está morrendo.
Bernardina Vilar
In ‘Bom dia, Saudade!’ (1995)
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