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REFÉM DE MIM MESMA
(Genaura Tormin)
Encolhidos em mim,
Jazem as tristezas,
Os amores todos,
Os restos de afeto,
De aconchego, de ternura...
No meu casulo,
Minhas saudades
Abrandam e abrasam
Os desejos refreados,
Ainda molhados de sonhos.
As pedras feriram-me os pés!
Os laços foram desfeitos.
A caminhada revela
A fotografia singela
De um corpo mutilado,
Um coração machucado
E uma bandeira a defender.
Agiganta-se a fé
Nos credos que professo.
De aço me revisto inteira.
Sou refém de mim mesma.
Um soldado aguerrido
À frente da trincheira.
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