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março 20, 2009
NESGAS DE SAUDADE
NESGAS DE SAUDADE
(Genaura Tormin)
Quanta saudade daquele tempo!
Dos verdes anos lá na fazenda...
Do sol nascendo na serra,
Qual bola de fogo,
Dissipando a escuridão.
O mugido do gado,
O copo de leite no curral...
Ah, quanta saudade!
E o dia da pamonhada,
Dos mutirões...
Todos ouriçados,
Parentes e vizinhos,
Amigos aos punhados.
Verdes campos.
Natureza em festa,
Onde as gotas de orvalho tremulavam
Nas cores do arco-íris,
Aos albores da aurora,
Orquestrada pela passarinhada.
As espigas de milho,
Feito bonecas de cabelos ruivos,
Ao açoite do vento,
Dançavam no verde salão do milharal,
Regidas pelo alarido das maritacas.
Era uma tela pintada nas cores da esperança,
Por isso era tanta bonança...
Laboriosos,
Todos compartilhavam alegres, festivos,
Cantando modas de viola,
Enquanto preparavam as roliças pamonhas,
De doce, de sal,
À moda, com lingüiça, pimenta e queijo...
O paladar aflorava o apetite,
Com o cafezinho quente,
Torrado na roça e moído na hora,
Do jeito lá do sertão.
Quanta simplicidade,
Quanta vida!
Quanta solidariedade
Capaz de aumentar afeto,
Enflorar corações
No laço gostoso da amizade.
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