Se eu pudesse desamar,
Que me sempre desamou,
Não me fizera penar
Do mal que penando estou.
Assim me vingara eu
De que por mim não sofreu.
Mas não posso eu desamar,
Quem me sempre desamou,
Por isso quero poupar
Quem a mim nunca poupou:
Rogo a Deus não faça amar,
Quem me sempre desamou.
Martins Fontes
In: Obra Poética
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