Saudade! Um campo santo palmilhado
De cruzes toscas entre pobres flores...
Um quadro de amarguras retratado
Na tristeza, na dor, nos dissabores.
Saudade! A voz de um sino pendurado
Na torre da igrejinha, em estertores
E um jasmineiro branco, recurvado,
Flores pendentes, emanando olores.
Saudade! Um ser transpondo de mansinho
A vereda silente de um caminho
Que o conduz ao mais árduo desencanto.
E ali tremente em palpitante anseio
Sente pulsar as convulsões do seio
Que o faz rolar um copioso pranto.
Bernardina Vilar
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