VESPERTINO
(Pe. Antônio Tomaz)
Sobre as veigas e campos perfumados
Se estende um véu de sombras e palores;
Cingem, no entanto, vívidos fulgores
Os denegridos cerros escalvados.
Enxada ao ombro em cismas mergulhados
Voltam do campo os rudes lavradores;
Soam no ar bucólicos rumores;
Doces mugidos, cantos magoados.
Ao longe o sino em doloroso acento
Geme uma prece; a juriti suspira,
De quando em vez, um brado de lamento.
E na floresta – gigantesca lira –
Vai tristes nênias entoando o vento
Ao rei da luz que no poente expira.
(Pe. Antônio Tomaz)
Sobre as veigas e campos perfumados
Se estende um véu de sombras e palores;
Cingem, no entanto, vívidos fulgores
Os denegridos cerros escalvados.
Enxada ao ombro em cismas mergulhados
Voltam do campo os rudes lavradores;
Soam no ar bucólicos rumores;
Doces mugidos, cantos magoados.
Ao longe o sino em doloroso acento
Geme uma prece; a juriti suspira,
De quando em vez, um brado de lamento.
E na floresta – gigantesca lira –
Vai tristes nênias entoando o vento
Ao rei da luz que no poente expira.
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