![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCuPjhn_o5vHC9BPuKKham3tszSyYC7dyR_bxi8BgH6MJfpJgPQ9d7Y3guQS2by0linUtjsQj_rrhh3E2W43q7Whyt3WZkzkSX6_jaxt9Oz3w_sRpKN3oWtveZ8b6V-2bSGCz7sQqUGbPX/s400/11919jq%255B1%255D.jpg)
Este cansaço de passar como que atado
a coisas que ainda não foram feitas,
parece o caminho incriado do cisne.
E o morrer, esse desapegar-se
do fundo em que diariamente estamos,
seu tímido abandonar-se às águas
que mansamente o acolhem e por serem
felizes e já passadas, onda a onda,
sob seu corpo se retraem;
então, firme e tranqüilo,
com realeza e crescente segurança,
abandona-se o cisne ao deslizar.
Rainer Maria Rilke
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grata pela visita. Volte sempre!