A minha vida, sempre inquieta como o mar,
É de renúncia, sacrifício e desencanto:
Enquanto vão e vêm as ondas do meu pranto,
Estende-se o horizonte, além do meu olhar...
Na imensidade azul fico a cismar, enquanto,
A refletir o céu, vai-se acalmando o mar...
Acalma-se também minha dor, por encanto:
— Já cansei de sofrer! Vou agora sonhar...
Da Costa e Silva
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