![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3ShLsjYgkJSMiS9KKdKAi-jD1oXJ9p3asAKpxHqMZ9OUAPUv_Q1g7Ya4K9_y8QcGTZ6yT0lkjvngf_trkMiFbu2wdTgyiLPj-gSR6nxCXnCMjru-eYLn0iTEAno7yefoZuwN7OFi22Z8/s400/1215222900v3yQkxr.jpg)
SOLIDÃO
O rio se entristece sob a ponte.
Substância de homem na torrente escura
flui, enternecimento ou desventura,
misturada ao crepúsculo bifronte.
Antes que débil lume além desponte,
a sombra, que se apressa, desfigura
e apaga o casario em sua alvura
e a curva esquiva e sábia do horizonte.
Os bois fecham nos olhos os arados,
o pasto, a hora que tomba das subidas.
Dorme o ocaso, pastor, entre as ovelhas.
Sobem névoas dos vales fatigados
e das árvores já enoitecidas
pendem silêncios como folhas velhas.
29.12.51
Abgar Renault
In: Obra Poética
Agradeço sua visita.
Volte sempre e comente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Grata pela visita. Volte sempre!