Oleo Stella Conde
Un tango perfuma la noche
con una viruta sentimental,
son rezongos de un fuelle soñoliento
sobre las calles empedradas
de luna y misterio, en la esquina
del bar con el farolito que parpadea
hay una lánguida nostalgia ,
allí vienen los recuerdos
de tus manos que me arrullan
en tu falda de orgulloso abuelo,
en la esquina del buzón porteño
donde subida a tus zapatos
me enseñaste el 2 x 4
al ritmo de D'Arienzo,
y por las tardecitas luego
del mate, me cantabas
“ Azabache ”
Hoy ya mujer vuelvo
al barrio que me vio crecer,
con mi pollerita de percal
y un pañuelo carmesí
te bailo y canto el compás
de la cuna de tus sones
evocándote a ti que fuiste
un milonguero del 900
de corazón compadrito
y un tango en el bolsillo.
" Dedicado a mi abuelo "
Colibrí
Seja bem-vindo. Hoje é
novembro 23, 2010
novembro 19, 2010
POR TODA MINHA VIDA
POR TODA MINHA VIDA
Essa vida é mesmo danada.
Parece que foi ontem, eu, ainda criança,
brincando pela rua encantada
achando que seria por toda minha vida.
Como se o tempo cantasse a noite inteira
como se eu fosse a canção de despedida
numa terra estrangeira.
Cibele Camargo
novembro 06, 2010
EU NÃO QUERO PERDER NADA...
Eu não quero perder nada dos meus erros e acertos,
é com muitos tropeços que se aprende a ser grande;
que em muito há de ser tolerante
e que a fé sozinha não é o bastante;
quero passar por tudo, em tudo,
aprendendo de todos;
calando mais meus impulsos,
escutando mais de meu Deus;
porque daí eu eu sei que eu vou estar pronta
e lembrar que amadurecer
não é somente uma questão se ter sorte,
que embora assim, tão pequena,
eu vou ter aprendido a ser forte...'
Cáh Morandi
VOLTA DE PASSEIO
Assassinado pelo céu,
entre as formas que vão para serpente
e as formas que buscam o cristal,
deixarei crescer os meus cabelos.
Com a árvore de tocos que não canta
e o menino com o branco rosto de ovo.
Com os animaizinhos que a cabeça rota
e a água esfarrapada dos pés secos.
Com tudo o que tem cansaço surdo-mudo
e mariposa afogada no tinteiro.
Tropeçando com meu rosto diferente de cada dia.
Assassinado pelo céu!
García Lorca
entre as formas que vão para serpente
e as formas que buscam o cristal,
deixarei crescer os meus cabelos.
Com a árvore de tocos que não canta
e o menino com o branco rosto de ovo.
Com os animaizinhos que a cabeça rota
e a água esfarrapada dos pés secos.
Com tudo o que tem cansaço surdo-mudo
e mariposa afogada no tinteiro.
Tropeçando com meu rosto diferente de cada dia.
Assassinado pelo céu!
García Lorca
novembro 05, 2010
Amor silêncio
Amor silêncio amargo a roçar-me a morte
grito partido do vidro sobre o peito
ilha deserta no meio das capitais do norte
grilhetas ajustadas no rio em que me deito.
Distância cumulada remanso duma espera
ponte de aventura do dois à unidade
amor brilho raiando a chave do desejo
minuto adormecido ao pé da eternidade.
Amor tempo suspenso, ó lânguido receio,
no pranto do meu canto és a presença forte
estame estremecido dissimulado anseio
amor milagre gesto incandescente porte.
Amor olhos perdidos a riscar desenhos
em largo movimento o espaço circular
amor segundo breve, lanceta, tempo eterno
no rápido castigo da lua a gotejar.
Salette Tavares
novembro 04, 2010
Canto Esponjoso
Canto Esponjoso
Bela
esta manhã sem carência de mito,
E mel sorvido sem blasfémia.
Bela
esta manhã ou outra possível,
esta vida ou outra invenção,
sem, na sombra, fantasmas.
Humidade de areia adere ao pé.
Engulo o mar, que me engole.
Calvas, curvos pensamentos, matizes da luz
azul
completa
sobre formas constituídas.
Bela
a passagem do corpo, sua fusão
no corpo geral do mundo.
Vontade de cantar. Mas tão absoluta
que me calo, repleto.
Carlos Drummond de Andrade
Meu ser evaporei na lida insana
Meu ser evaporei na lida insana
do tropel de paixões que me arrastava:
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
em mim quase imortal a essência humana.
De que inúmeros sóis a mente ufana
existência falaz me não dourava!
Mas eis sucumbe Natureza escrava
ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus e meus tiranos!
Esta alma, que sedenta e si não coube,
no abismo vos sumiu dos desenganos.
Deus, ó Deus!... Quando a morte à luz me roube
ganhe um momento o que perderam anos
saiba morrer o que viver não soube.
Bocage
novembro 02, 2010
ALMA
Alma
Somente tu, nobre alma, acalma com teu manto este pobre;
Ainda sob o estigma da vida em pedaços,
Com tua inefável luz, oriunda do espaço,
Sustentáculo de carinho... Forte braço!
Encobre-me por inteiro... Gesto faceiro!... Como és nobre!...
Li no teu olhar. Fiz-me brilhar. Deste-me inspiração...
Alma boa, como tua palavra me esclarece!
Guardo no peito o néctar que me ofereces,
Agradeço-te de corpo e alma... Uma prece!
Soa a voz de tua ternura... Esta ventura... Ah! Coração!
Imagino a aurora, minh’alma chora por tê-la,
Ouço os acordes, acalmam m’dores,
Louvo tua presença!... Ofereço-te flores!
Encontro à razão. Atinjo os esplendores!...
... Teus carinhos afagam meus caminhos, minha estrela.
Machado de Carlos
NÃO MORRERAM, PARTIRAM PRIMEIRO
NÃO MORRERAM, PARTIRAM PRIMEIRO
(Amado Nervo)
Choras os teus mortos com tanto desalento
que parece até que és eterno.
Eles não morreram, apenas partiram primeiro.
Como lobo faminto, te agitas impaciente, na ansiedade de desvendar os mistérios que poderão ser simples, transparentes e brilhantes aos quais terás acesso quando tu mesmo morreres.
Eles não morreram, apenas partiram primeiro, diz sabiamente o provérbio inglês.
Eles partiram antes... Por que insistis em questionar o porque?
Deixa-os sacudir o pó da estrada.
Deixa-os curar no colo do Pai os pés feridos da longa caminhada.
Deixa-os descansarem os olhos nos verdes pastos da paz.
Antes, preparas a tua bagagem, pois o comboio te espera.
E essa sim, é uma tarefa prática e eficiente.
Verás os teus mortos, e isso é um fato próximo e inevitável. Então não tenhas a menor pressa em alterar as poucas horas do teu descanso.
Eles, num impulso quebraram as barreiras do tempo e te esperam pacientemente.
Apenas foram num comboio anterior.
A morte é uma alegria, e esse conhecimento é dado por Deus aos que se aproximam dela, e oculto aos que ainda irão percorrer longa etapa de vida, para que sigam naturalmente o caminho.
Tradução livre por Regina Helena e Maria Madalena
AMOR INGLÓRIA
AMOR INGLÓRIA
(Genaura Tormin)
Eu queria te dar tanto carinho!
Esperar-te à sombra daquele ipê florido,
Bem pertinho da lagoa, lá curva do caminho.
E no aconchego de almas em desatino,
Num último beijo, selar a nossa história,
Ao arrepio da maldade do destino,
Que nos lançou a um amor inglória.
No desalento, ao romper da aurora,
Esse amor tão grande morrerá sozinho,
Em retalhos dispersos pelo vento frio,
Numa campa abandonada à beira do caminho.
outubro 30, 2010
Solidão sem fim...
Solidão sem fim...
Luar lá fora...
E em meu rosto,
lágrimas em cântaros!
Diante de mim,
na noite enluarada,
cheia de brilhos e encantos,
a minha última esperança:
- Teu vulto por aquela estrada!
Silêncio... Solidão...
E um angustiado coração...
Esperançoso, desencantado...
E por fim... Nada,
apenas o abismo...
Da dor e da saudade!
Regina Helena
Luar lá fora...
E em meu rosto,
lágrimas em cântaros!
Diante de mim,
na noite enluarada,
cheia de brilhos e encantos,
a minha última esperança:
- Teu vulto por aquela estrada!
Silêncio... Solidão...
E um angustiado coração...
Esperançoso, desencantado...
E por fim... Nada,
apenas o abismo...
Da dor e da saudade!
Regina Helena
Libértame de mí
Libértame de mí, es tu hora
quiero ser de alguien… Ser tuya
hallar refugio entre tus brazos
morir y resucitar en tu boca
aliviando allí mis egoísmos.
En tus caricias me derramo
en el vergel de tus dedos
encarcelándome la piel.
Hoy decides tú mi destino
lanzando hasta mí el fragor
de tu alma indómita, acércate …
Despierta mis ansias y tu aliento
déjalo gritar en un eterno beso,
baraja despacio las ilusiones
que mis ojos brillan, hablan
con acentos sutiles, sumida en el
juego incitante de las sugestiones
llevándome a las mismísimas
puertas del cielo, nutriendo mis
alas con tus manos de viento,
con tu boca de sol en quemante beso.
Colibri
FUMO
Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces plenas de carinhos!
Os dias são Outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...
Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu amor pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos...
Florbela Espanca
«Livro de Soror Saudade»
1923
MISTÉRIO D'AMOR
Tela de Royo
Um mistério que trago dentro em mim
Ajuda-me, minh'alma a descobrir...
É um mistério de sonho e de luar
Que ora me faz chorar, ora sorrir!
Viemos tanto tempo tão amigos!
E sem que o teu olhar puro toldasse
A pureza do meu. E sem que um beijo
As nossas bocas rubras desfolhasse!
Mas um dia, uma tarde... houve um fulgor,
Um olhar que brilhou... e mansamente...
Ai, dize ó meu encanto, meu amor:
Porque foi que somente nessa tarde
Nos olhamos assim tão docemente
Num grande olhar d'amor e de saudade?!
Florbela Espanca
Um mistério que trago dentro em mim
Ajuda-me, minh'alma a descobrir...
É um mistério de sonho e de luar
Que ora me faz chorar, ora sorrir!
Viemos tanto tempo tão amigos!
E sem que o teu olhar puro toldasse
A pureza do meu. E sem que um beijo
As nossas bocas rubras desfolhasse!
Mas um dia, uma tarde... houve um fulgor,
Um olhar que brilhou... e mansamente...
Ai, dize ó meu encanto, meu amor:
Porque foi que somente nessa tarde
Nos olhamos assim tão docemente
Num grande olhar d'amor e de saudade?!
Florbela Espanca
outubro 26, 2010
EXISTE POESIA
Existe poesia
Na roda de amigos,
No sorriso sincero,
Na noite estrelada
No abraço seguro e singelo.
Existe poesia
No desenho em nuvens,
Na chegada e na partida
Na saudade que vai
Na saudade que fica.
Existe poesia
Num olhar descontraído,
E enamorado
Num sorriso tímido;
Num beijo roubado.
Existe poesia
No começo, meio e fim;
No sim e não,
No certo e errado
Em ti e em mim.
Ttaty
outubro 22, 2010
SENTIMENTOS...
SENTIMENTOS...
Amo demais e sofro em demasia.
Meu sentimento é tão puro que às vezes incomoda,
e há os que não acreditam nele.
Mas eu não desisto de doar à quem do meu amor vier buscar.
Sou filha do amor, irmã da caridade,
prima da generosidade... creio na fraternidade, e
meu coração está sempre aberto para amizades.
E se você me perguntar se guardo mágoas e rancores,
te digo com toda sinceridade, que no meu coração não
há espaços para sentimentos contrários ao amor
que me traz felicidade.
Ana Lúcia Oliver
EU GOSTO DE SER ASSIM
O tempo me ensinou a ser feliz!
Caminhar pelas estradas
E sentir a energia que vem da terra,
Pregar a paz com palavras vindas do coração
Falar de amor para exterminar a guerra.
Ser frágil e doce com os amigos
Ser forte para enfrentar os obstáculos da vida
Ser humilde para compartilhar o dia a dia,
Vou dividindo o pão e a água
Afagando os corações...
Com as minhas poesias.
.
Quero trazer de volta a magia das palavras
O muito obrigado... o por favor ...
O dá licença ou o... meu amigo,
A gentileza segundo o profeta gera gentileza
E abriga num abraço a quem vive no desabrigo.
Às vezes sou um Sonhador,
Um guerreiro da humanidade
Ou um doador do sangue que corre dentro de mim
Sou um caçador de palavras...
Eu gosto de ser assim.
amaropereira
outubro 21, 2010
BÁLSAMO
BÁLSAMO
Seus olhos seus imensos oceanos
E neles quero sempre navegar
Já venho traçando tantos planos
Pois sei que o amor é como o mar
Um mar das maiores incertezas
Um mar das melhores ilusões
Lídima pérola entre as riquezas
Bálsamo aquecido nos vulcões
Seus olhos são céus em polvorosa
E neles como pássaro voarei
Buscando sonhar em verso e prosa
Pois sei que o amor é como um rei
Um rei que nunca perde o trono
Um rei que domina sem cessar
Indelével bálsamo sem dono
Enigma flutuando sobre o mar
E sempre que paro um pouco e penso
Em um motivo pra todo dia acordar
Só vejo o amor num céu imenso
Ainda que eu não saiba onde ele está
Pois mergulhando nos seus olhos perco o senso
Como se alma, enfim, vagasse em seu luar
E se o amor for mesmo mar de azul intenso
Não me socorra, por favor, deixe-me afogar.
Juliana Valis
outubro 18, 2010
LUA CHEI, AMAR
Lua Cheia! Na rua,
Linda! Nua,
Minha, sua, de ninguém,
Do mundo além,
É dos namorados,
O céu esperado,
Infinitamente bordado,
Lua dos Poetas!
Sorridente, indiscreta,
Inspira, alerta,
Suspira, aberta,
Lua Cheia! Completa,
Única, ímpar, singular,
Faz par, com o brilho,
Do seu olhar,
Quando me olha,
Pra amar...
Marisa de Medeiros
outubro 17, 2010
TEU AMOR...
TEU AMOR...
Teu amor é flor do serrado
cacto do prado sedoso
louça do mais fino cuidado
broto do mais belo e viçoso.
Onde meus olhos calados
temem ser tão buliçosos
e meu coração calado
tenta ser mais caprichoso.
Teu amor é laço apertado
todo florado e teimoso
a não querer ser desatado.
Mas ao desate delicado
torna-se ainda mais gostoso
como o fruto do pecado!
PEDRO ARUVAI
UM GESTO DE HUMANIDADE
Um gesto de humanidade
Não existe preço na vida
Por uma atenção prestada
Ou um aperto de mão
A quem se prosta a calçada
O confortar da palavra
O mínimo de atenção
Um afago de amizade
A força de um coração
Trazem de volta pra vida
Quem achava que a lida
Já não tinha mais razão
Ajudar a quem precisa
Sem nada em troca querer
Não humilhar as pessoas
Que precisam de você
Não espere pagamento
Pois jesus cristo está vendo
E fará mais por você.
Dalvalene
outubro 15, 2010
NOS BRAÇOS DO AMOR
Nos braços do amor...
Nas dobras do tempo
passado e presente reunidos,
me mostram uma nova direção:
Caminhar com os pés no ar
ou voar com os pés no chão?
Na dúvida,
fico parada na sua,
pois em qualquer direção
estarei nos braços do amor.
Izabel Dias
outubro 14, 2010
ESTOU DE PASSAGEM
Estou de passagem...
Esse mundo não é meu,
não é nosso, não é seu...
Quanto a mim?
Estou de passagem!
Não guardo rancores, magoas,
amores, dou um fim as minhas dores...
Procuro sempre me lembrar que;
estou de passagem por esse lugar...
Nada posso guardar, pois ,
bagagem não poderei levar.
Cheguei sozinho,
assim também partirei...
De onde vim, trago relapsos,
de lembranças, que desde criança,
estão comigo.
Pra onde de vou?
Só tenho esperança,
na fé que possuo, que faz-me sentir,
que é um lugar seguro,
onde finalmente, me sentirei em casa...
Valquíria Cordeiro
outubro 11, 2010
MADRUGADA
Madrugada
Quero esquecer
as palavras soltas,
as promessa feitas,
as batidas do
coração, que me
levava à emoção...
A mão que me
tocava, a voz que
me encantava, a
ilusão que me dava,
no silêncio da
madrugada, quando
minha alma vagava,
e eu apenas te
amava!
Renata Mangeon
agosto 12, 2010
Coisas que a vida ensina depois dos 40
Amor não se implora, não se pede não se espera...
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.
Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
Filhos são presentes raros.
De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças a cerca de suas ações.
Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facções,
destrói preconceitos, cura doenças...
Não há vida decente sem amor!
E é certo, quem ama, é muito amado.
E vive a vida mais alegremente...
Artur da Távola
julho 26, 2010
PINGOS de DOR…
PINGOS de DOR…
Oculto-me à luz da Lua, companheira habitual
das viagens, em sonhos nocturnos.
Dias inquietos, forçam-me a procurar tranquilidade.
Sofro de SAUDADE dos dias que se ausentam
imperceptivelmente…
Os meus momentos, tão reais! -são ilusórios
como o pôr – do – SOL, que não houve…
Acaricio minh’alma com pingos de dor caídos pela face,
ao som do choro das negras nuvens, que desabam!
São momentos de inquietantes intermitências
esses pingos de dor , sentidos e sensíveis,
vigorosos, atentos ao quebrar de laços poderosos…
Quem me rodeia, não me vê, no seu viver…
não medita… não sente o cheiro do medo oculto, dos ciprestes.
Loucos!
Tudo é TUDO----tão pouco…
…tão pouco, que se torna NADA!
…NADA, é pó!
PÓ que se perde ao sabor dos VENTOS
SEMPRE ATENTOS…
perdidos nas almas, sem DÓ!
Maria Ribeiro
julho 18, 2010
Meu Poema
Meu Poema
No meu poema...há o silêncio da noite...a escuridão
Há saudade...há lembranças...minha amargura
Instante eterno...intensa dor...negra solidão
Meu poema é rima triste...noite escura
Meu poema...escrito a sangue...abismo fundo
Na tua presença...há uma ausência sem fim
Há um frio que sufoca...um grito profundo
Há um latejar...um corpo perdido...de mim
Bebo o veneno da tristeza...em copo de esquecimento
Perdida no meu poema...uma lágrima de amor
Esperando na noite...o cálice do sofrimento
Caminhando na treva...vagando na minha dor
O meu rosto sombrio...traz em mim o anoitecer
No meu peito cheio de mágoa...chora a solidão
Perdido na memória...ficou o meu querer
Na rima dum poema...escrevo a desilusão
Há na minha voz um lamento...um grito de dor
Um choro de saudade...vaga amargura
No meu poema...a sombra de um amor
No meu peito...um sonho...noite escura
Sempre esta solidão...esta sombra...este vazio
Sempre este silêncio...desenhando meu poema
Sempre esta tristeza...as lágrimas...este frio
Sempre a noite...sempre esta dor que me queima
RosaSolidão
julho 09, 2010
Amar é preciso!
Amar é preciso!
Coração grande fonte onde busco o prazer da vida.
Cambaleando e quase sem forças com um gosto
amargo na garganta, tudo dissolve quando me
embriago neste doce vinho tão puro, tão púrpura,
tão quente e brilhante a medida para o amor.
Vigor de brilho intenso faz a alma passear
no céu das emoções maravilhosas do prazer
para o além dos olhos brilhantes de noites
enluaradas em que me dizes em meio aos teus
carinhos que me amas enquanto beijo os teus seios.
Nelson Aharon
Conforte-me
Conforte-me,
Preciso do seu conforto.
Meu olhar, tão distante,
Meu pensamento, quase morto.
Não chore junto comigo,
Dê-me a paz que traz consigo.
Faça sentir-me um homem-criança,
Não devo perder a esperança.
Faça isso por mim,
Sinto-me perdido
Num vazio sem fim.
Seja minha amiga,
Minha amada, minha amante.
Conforte-me,
Ao menos por um instante.
Paulo Odair.
In 'Poesia sua vez' (2008)
Preciso do seu conforto.
Meu olhar, tão distante,
Meu pensamento, quase morto.
Não chore junto comigo,
Dê-me a paz que traz consigo.
Faça sentir-me um homem-criança,
Não devo perder a esperança.
Faça isso por mim,
Sinto-me perdido
Num vazio sem fim.
Seja minha amiga,
Minha amada, minha amante.
Conforte-me,
Ao menos por um instante.
Paulo Odair.
In 'Poesia sua vez' (2008)
julho 07, 2010
Lábios!
Teus lábios inspiram
um doce efeito de felicidade
inesperada, tocando levemente
os sentidos eróticos.
Devaneios entre canções e poemas
compartilhados por amantes virtuosos.
Florescimento.
Chamas.
Por fim o amor coroado de louros
pelos deuses.
Teus lábios passaram por mim
pelo movimento da rua como
amores perdidos somem
pela distância dos momentos
eternizados.
Nelson Aharon
julho 06, 2010
Surpreenda-me
Surpreenda-me,
juntando pedaços de vidas
deixados no caminho que percorri,
desalinhados como um quebra cabeça
que nunca formei
Traga sua imagem nas asas do tempo
cortando céus entre luzes prateadas
e sons difusos
Desperta-me desse sono letárgico,
dá-me o tempo que não me dei
diz qual parte eu perdi
se tanta coisa esqueci,
guardo o que errei
o certo, desaprendi.
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 06/07/10
Código do Texto: T2360970
juntando pedaços de vidas
deixados no caminho que percorri,
desalinhados como um quebra cabeça
que nunca formei
Traga sua imagem nas asas do tempo
cortando céus entre luzes prateadas
e sons difusos
Desperta-me desse sono letárgico,
dá-me o tempo que não me dei
diz qual parte eu perdi
se tanta coisa esqueci,
guardo o que errei
o certo, desaprendi.
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 06/07/10
Código do Texto: T2360970
junho 20, 2010
Desafogo da Poesia
Desafogo da Poesia
Não me leias dessa forma,
como quem têm sede e viesse a beber.
Não me leias dessa forma,
esperando sublimidade.
Me recites com carinho.
Sou poesia, não um réu em julgamento.
Mas se achares em mim uma fonte, absorva-me.
Se achares em mim esmero, agradeço.
Posso ser uma oração,
ou até mesmo uma melodia.
Não importa como venho,
posso ser fruto de amor ou de dor.
Sou poesia, sou trova...
Posso também ser lamentos de outrora.
Mila Lopes
Não me leias dessa forma,
como quem têm sede e viesse a beber.
Não me leias dessa forma,
esperando sublimidade.
Me recites com carinho.
Sou poesia, não um réu em julgamento.
Mas se achares em mim uma fonte, absorva-me.
Se achares em mim esmero, agradeço.
Posso ser uma oração,
ou até mesmo uma melodia.
Não importa como venho,
posso ser fruto de amor ou de dor.
Sou poesia, sou trova...
Posso também ser lamentos de outrora.
Mila Lopes
junho 19, 2010
A ave do chão...
A ave do chão...
(Autora: Silviah Carvalho)
Um dia...
Um pássaro bonito, porém, solitário, por seu lindo canto é chamado canário, ele tinha uma longa missão, porém, sem saber, pra que lado voar e voar para quê?
Ali no seu ninho exercia o domínio, era dono de si, voar, só por prazer, poucas vezes descia ao chão, o aconchego do ninho aquecia seu corpo, esfriando por vezes o seu coração. Tinha as aves vizinhas, que com seus belos cantos procuravam agradá-lo, eximindo-o de sua missão, mas, um pássaro com uma missão é um anjo com uma espada na mão certo da vitória voa pra vencer. E a ave solitária sai do seu ninho, sem saber ao certo qual o caminho, segue ao norte e pousa no topo de um ipê, pobre canário bonito, deixou tudo o que tinha para o instinto obedecer, no peito saudade do ninho e mesmo muito sozinho outro ninho fez no ipê.
Ali do alto cantava exibindo sua beleza, novo território demarcava com seu canto de tristeza, mas um dia a tempestade revelou sua missão, bateu forte na floresta jogando uma ave no chão.
Seguro no lugar onde estava, o canário a tudo observava, mas pouco podia fazer, via no chão a pobre ave, mas a chuva não o deixava descer.
Porém, mais só, era a ave do chão, com fome, ferida e na tempestade, pouco tempo iria viver!
Mas a ave missionária fez seu título valer, desceu do topo onde estava e a ave ferida veio logo socorrer, cobriu-a com sua asa esperando a chuva passar, aqueceu, alimentou, fortaleceu, até tentou fazê-la voar, porém, a ave do chão, não encontra forças pra se renovar.
Mas o canário cumpre sua missão: Descer, alimentar e proteger.
Isso pode ser alusão?
Por que, sou eu a ave do chão. E o canário, parece você!
(obs. não conheço a autora, copiei de alguem)
janeiro 12, 2010
O AMOR AINDA SOBREVIVE AO TEMPO
Não há no Tempo o bálsamo perfeito
para amainar a dor de uma saudade;
para apagar o amor que jaz no peito
de quem pensou haver fidelidade
na voz gentil, no olhar, no meigo jeito
dos versos celebrando a eternidade
do bem querer em flor. Amor-perfeito
em rimas de promessas sem verdade.
O Tempo... Ah! Esse Tempo que não finda
toda paixão que me acalenta, ainda...
E embala meu sonhar em vão lamento!
Nem Tempo ou novo alguém têm a magia
que faz adormecer a nostalgia
deste sentir jogado ao léu, ao vento!
- Patrícia Neme -
Réquiem para minha dor
Réquiem para minha dor
Vieste para mim quando o amor se foi.
Ocupaste o lugar de quem tantas vezes
sentiu comigo a brisa acariciando a pele
e levando o nosso cheiro para alem dos ares.
Foste a companheira da minh'alma
e, ao me fazer chorar, eras também
o alento, o alimento, o remédio,
o conforto, enfim, o que restou.
O dia amanheceu sombrio, com cor de despedida.
Nunca mais verás minhas lágrimas cairem,
nem ouvirás a tristeza do meu cantar.
E hoje, no dia do teu fim, estou contigo...
Desfaço-me de ti, antes que tu me convenças
a me desfazer de MIM, por não mais te suportar.
Regina Helena
Assinar:
Postagens (Atom)