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maio 13, 2015

Os rios

Os rios

Magoados, ao crepúsculo dormente,
Ora em rebojos galopantes, ora
Em desmaios de pena e de demora,
Rios, chorais amarguradamente,

Desejais regressar... Mas, leito em fora,
Correis... E misturais pela corrente
Um desejo e uma angústia, entre a nascente
De onde vindes, e a foz que vos devora.

Sofreis da pressa, e, a um tempo, da lembrança...
Pois no vosso clamor, que a sombra invade,
No vosso pranto, que no mar se lança,

Rios tristes! agita-se a ansiedade
De todos os que vivem de esperança,
De todos os que morrem de saudade...

Olavo Bilac
In ‘Tarde’ (1919)

maio 03, 2015

Estarei contigo


Estarei contigo. Como as pedras estão com os rios, como as árvores estão com as florestas, como os ventos estão com as tempestades, como os instrumentos estão com as músicas estarei contigo. E ainda assim me chamarás.

(Rogério Camargo)