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julho 28, 2011
SOMBRAS
Nos meus olhos...há sombras sem nome
Sombras flamejantes de pensamentos
Na solidão que no mundo me coube
Nas palavras por dizer...de momentos
Nas sombras que povoam minha mente
De vozes distantes...que não sou eu
Numa dor...pressentida...fremente
Da vida... que em mim morreu
Vejo em sonhos...essa sombra que desce
No escuro da noite...na fria madrugada
Essa sombra negra...que não me esquece
Sombra da morte...na noite sepultada
Minha sombra...em gestos doloridos
É voz da minha dor...da minha queixa
Grita...murmura aos meus ouvidos
A solidão...que esta voz deixa
Na sombra da tristeza...vejo o tempo correr
Corre veloz...como a chama da vida
Solto minhas lágrimas...doi-me tanto viver
Corro contra o tempo...em despedida
Minha alma...de negro vestida
Sepultada...com os sonhos...emoções
Na bruma do tempo...esqueço a vida
Na sombra de mim...enterro as ilusões
Nas sombras da noite...estendo a mão
Afasto os fantasmas que estão em mim
Sombras da minha sombra...são escuridão
São negro céu...abismo sem fim
RosaSolidão
julho 08, 2011
Espectro de mim
Sem ti!
Imagem:John Atkinson
Sem ti!
Contemplando o tempo se escoar,
passam diante de mim horas, minutos,
dias... enfim o ano inteiro passa!
E, como se ao fim de uma estrada,
vejo ao longe apenas o teu vulto.
Em que curva desse caminho eu te perdi?
Em que momento abri espaço
para que saísses da minha vida?
E, como se compondo uma louca melodia,
nos meus mais desvairados sonhos,
refaço tudo... Abro a porta e te vejo entrar...
E a vida volta! E com ela, minutos, horas,
dias... Enfim, o ano inteiro pára...
Enquanto eu volto a viver...
Regina Helena
Um canto de solidão
Um canto de solidão
Dentro de mim há um canto de saudade
que teima em invadir meu coração.
Ainda que o mundo inteiro
esteja ao meu redor, ele está comigo.
Tento fingir que não o ouço
e o calar me assusta,
pois o que me sustentará se a saudade se for?
Insensato coração
que aceita a loucura dessa dor.
Sinto um grito que não ouço
quando meu corpo me pede paz
e ouço o canto do silêncio
que fala mais alto e teima em estar comigo
em forma de saudade.
Noites insones, medo, lembranças...
Essa é a angústia desesperada do meu ser:
- O abandono dos que se perdem
para nunca mais se encontrar.
Regina Helena
julho 07, 2011
Versos Molhados
Versos Molhados
Respinga a lua seu olhar tristonho,
em gotas mansas beija o adormecer
dos versos, tantos... Que, por ti, componho...
E enquanto eu rimo, a noite faz chover!
Densa neblina no olhar do meu sonho...
É chuva, é pranto... Nem sei mais dizer...
E uma saudade, que jamais transponho,
molha as janelas deste meu viver.
E na vidraça vejo a minha imagem,
chora a vidraça... O choro é meu? Bobagem...
É a tempestade que já se avizinha.
Não mais escrevo, guardo meu caderno
e dou-me conta que chegou o inverno
de uma esperança, que morreu sozinha!
Patricia Neme
Respinga a lua seu olhar tristonho,
em gotas mansas beija o adormecer
dos versos, tantos... Que, por ti, componho...
E enquanto eu rimo, a noite faz chover!
Densa neblina no olhar do meu sonho...
É chuva, é pranto... Nem sei mais dizer...
E uma saudade, que jamais transponho,
molha as janelas deste meu viver.
E na vidraça vejo a minha imagem,
chora a vidraça... O choro é meu? Bobagem...
É a tempestade que já se avizinha.
Não mais escrevo, guardo meu caderno
e dou-me conta que chegou o inverno
de uma esperança, que morreu sozinha!
Patricia Neme
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