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março 12, 2009

POEMA LIBERTO



POEMA LIBERTO
(Genaura Tormin)

Presos,
Ao lado do coração,
Ressoam badalos,
Fragmentos de versos,
Arco-íris perdido,
Desejos conturbados,
No peito da agonia.

Insanos,
Esbaforidos,
Querem sair,
Extravasar a lira...

Em alforria,
Mostrar-se ao mundo,
Fazer a poesia,
Cantar a liberdade,
A alegria.

Em signos,
Crio-lhes pontes,
E os dedos ágeis tamborilam
Sobre o teclado,
Dando passagem triunfal
Ao condenado.
Abrem-se as férreas grades,
E o poema ainda amedrontado,
Eclode em liberdade.

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